Estresse, refeições rápidas, comidas gordurosas e ácidas, muito tempo sem se alimentar, algumas doses de café e, eventualmente, bebidas alcoólicas e/ou cigarro. Esses fatores são as principais causas da gastrite nervosa. “Conhecida entre os médicos como gastrite funcional, a gastrite nervosa é uma espécie de irritação estomacal causada por estresse, má alimentação, álcool e tabagismo", afirma o gastroenterologista André Ibrahim David, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O que é?
Ele explica que o diferencia a gastrite nervosa das agudas e crônicas é que, enquanto as duas últimas provocam inflamações na mucosa do estômago que podem ser detectadas através da endoscopia, a primeira não pode ser vista em exames.
"O diagnóstico é feito com base nos sintomas da gastrite nervosa mais tradicionais – dor, náuseas e até vômito – e em uma avaliação completa de todos os órgãos dos entornos do estômago. Quando os exames mostram que todos esses órgãos estão saudáveis, por eliminação os médicos identificam a gastrite funcional", explica.
Estresse causa gastrite?
Ele ressalta também que, ao contrário do que muita gente imagina, nem todas as pessoas estressadas vão desenvolver uma gastrite nervosa. “Diante de situações de estresse cada organismo tende a atingir um órgão como alvo. Os que têm o estômago mais sensível tendem a aumentar a produção de ácido, fator que explica o incômodo e irritação”, diz.
Para evitar a gastrite ele aconselha buscar atividades que controlem o estresse, como exercícios de relaxamento, yoga, meditação, acupuntura ou mesmo algum esporte que faça bem a cada pessoa. Orientação psicológica também pode ser uma aliada em alguns casos.
Gastrite nervosa tem cura?
A boa notícia é que a gastrite nervosa não é irreversível e pode ser neutralizada através da mudança dos hábitos alimentares. "Evite alimentos ácidos e pesados, como carne vermelha, molho de tomate, frituras e gorduras; congelados, industrializados; condimentos como pimenta, catchup e mostarda; além de cafeína, tabaco e produtos alcoólicos em geral", recomenda.
Outra recomendação do médico é evitar a automedicação como uma forma de tratamento para a gastrite nervosa. "O mercado oferece remédios eficazes para controlar a acidez estomacal, mas tomá-los sem prescrição pode ajudar a encobrir problemas ainda maiores, como úlceras”.
Fonte: ORMNews