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Postado 24/01/2024 às 09:27:59 por Farmacêutico
LUTEOLINA (Arachis hypogaea L.)
Melhora a função cognitiva, Ação neuro e cardioprotetora, propriedade antioxidante e anticarcinogênica.

O QUE É?

A luteolina é um flavonoide encontrado no amendoim e em diferentes espécies vegetais, tais como salsa, alcachofra, manjericão e aipo, onde auxilia na proteção contra insetos, microrganismos e radiação ultravioleta.

No organismo humano, a luteolina promove a inibição de enzimas e fatores de transcrição que contribuem para a síntese de mediadores inflamatórios, bem como aumenta a transcrição de diferentes compostos antioxidantes.

Desta forma, inúmeras evidências apontam que a luteolina atua como um agente neuroprotetor, auxiliando na redução dos prejuízos cognitivos associados a doenças neurodegenerativas e ao processo de envelhecimento, além de promover ação cardioprotetora e auxiliar no tratamento do câncer.

 

QUAL O MECANISMO DE AÇÃO?

Diferentes evidências apontam que, ao reduzir o processo oxidativo no sistema nervoso central (SNC), a luteolina promove uma ação neuroprotetora.

Este efeito decorre da ativação e expressão de diferentes proteínas associadas ao Nrf2 (fator de transcrição responsável por induzir a expressão de genes e proteínas citoprotetoras, que atuam na redução do estresse oxidativo intracelular).

Além disso, a luteolina aumenta a produção da SOD (enzima superóxido dismutase) e de glutationa, reduzindo os danos oxidativos decorrentes da formação de placas beta-amiloides.

A luteolina também inibe o processo inflamatório tecidual ao modular a ativação de mastócitos (células secretoras presentes no tecido conjuntivo, que participam da regulação do sistema imunológico).

No SNC, os mastócitos estão envolvidos na gênese de diferentes doenças (tais como a esclerose múltipla, doença de Alzheimer e Parkinson e síndrome de Guillain-Barré), pois promovem a liberação de mediadores e citocinas pró-inflamatórias, aumentando o estresse oxidativo, o infiltrado celular e o dano tecidual.

Neste contexto, a luteolina inibe a expressão e a liberação de interleucinas (IL)-6, IL-8 e do fator de necrose tumoral (TNF-α) por mastócitos presentes nas meninges, reduzindo o processo inflamatório local.

Adicionalmente, estudos apontam que a luteolina aumenta a fosforilação da proteína quinase A (PKA) e a liberação de fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF), favorecendo o aprendizado e a consolidação de memórias.

Além da ação neuroprotetora, a luteolina também promove benefícios cardiorrespiratórios. Semelhante ao que ocorre no SNC, em células endoteliais este flavonoide aumenta a expressão de enzimas e moléculas antioxidantes através da ativação de Nfr2, prevenindo o estresse oxidativo, a peroxidação lipídica e os danos ao tecido vascular.

Adicionalmente, estudos apontam que a luteolina aumenta a expressão de SERCA2a em células do miocárdio, uma ATPase responsável pela modulação das concentrações de cálcio no retículo sarcoplasmático.

Na doença arterial coronariana, por exemplo, ocorre uma falha na expressão de SERCA2a, o que prejudica o fluxo de cálcio e a força de contração do músculo cardíaco, provocando arritmias e insuficiência cardiorrespiratória.

Desta forma, a suplementação com luteolina favorece o aumento da transcrição de SERCA2a, aumentando o influxo de cálcio e a força de contração do tecido cardíaco.

Ainda a luteolina apresenta uma ação anticarcinogênica, interferindo em diferentes estágios do desenvolvimento de células cancerígenas.

Evidências vêm demonstrando que este flavonoide reduz o processo de angiogênese, diminuindo o aporte nutricional para estas células.

Além disso, a luteolina estimula a apoptose de células cancerígenas e reduz o processo inflamatório crônico, assim como exerce efeito anti-estrogênico ao inibir a aromatase (enzima envolvida na síntese de estrogênio) e a transcrição do receptor de estrógeno.

Desta forma, a luteolina auxilia na prevenção e no tratamento de diferentes tipos de câncer, dependentes ou não da ação hormonal.

 

SUGESTÃO POSOLÓGICA:

Uso oral: 100 a 200 mg ao dia

Forma farmacêutica: cápsulas

 

Fonte: Material Técnico do Fabricante