Nome popular: Guaçatonga, erva de bugre, erva de lagarto, língua de tiú, marmelinho do campo, vassitonga. Parte Utilizada: Folha e caule.
Trata-se de um arbusto de 3 a 4 m de altura com ramos longos e numerosas flores pequenas e branco-esverdeadas ou amarelas. O fruto é uma cápsula globosa que contém 2 a 6 sementes envoltas em arilo lanoso comestível. É nativa da América Tropical, ocorrendo do México à Argentina, no Brasil, ela vegeta em abundância. É usada pela população indígena e cabocla dessas regiões há centenas de anos. O seu uso advém do hábito de ela ser ingerida por lagartos que tenham sido picados por cobras.
Indicações e Ação Farmacológica
Possui ação cicatrizante, antisséptica, antiúlcera, diurética, tônico, estimulante, antimicrobiana, fungicida, depurativa e bloqueador de venenos de cobras. Exerce uma significativa ação anti-úlcera, reduzindo o volume de ácido clorídrico produzido. Comparativamente a cimetidina, não aumenta o pH gástrico, o que ocasionaria dificuldades na digestão das proteínas. Por conter taninos, forma revestimentos protetores na pele e nas mucosas, dificultando infecções. Aumenta a diurese, e ativa a circulação periférica, estimulando o metabolismo cutâneo, com consequente tonificação local. Pesquisas constataram que o processo de cicatrização interna ou externamente evolui bem quando tratado com Guaçatonga.
Toxicidade/Contraindicações
É considerada uma planta segura, mas em altas doses pode causar vômitos e diarreia. Recomenda-se não utilizar durante a gravidez, pois há relatos de que extratos aquosos demonstraram atividade sobre a musculatura uterina em ratas.
Dosagem e Modo de Usar
- Decocção: 2 g para cada 200 mL de água, até três vezes ao dia.
- Pó: 300 a 600 mg ao dia.
- Tintura: 5 a 20 ml ao dia, divididos em duas ou três doses.
- TM: 10 a 20 gotas, duas vezes ao dia.