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Postado 13/03/2019 às 17:21:54 por Equipe de Comunicação
Pimobendan e Benazepril
Formulações que atuam no sistema cardiovascular do seu Pet

PIMOBENDAN

Tratamento da insuficiência cardíaca em cães causada por cardiomiopatia dilatada ou insuficiência valvular (Dobra Mitral e/ou regurgitação tricúspide). Quando usado em cães, melhora os sinais de insuficiência cardíaca e aumenta a sobrevida, podendo ser administrado com diuréticos e inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA). Em gatos é usado para o tratamento da insuficiência cardíaca com disfunção sistólica do ventrículo esquerdo, derrame pleural significativo, insuficiência renal ou edema pulmonar refratário severo.

Mecanismo de Ação

Pimobendan possui propriedade de inibição seletiva da fosfodiesterase III e efeitos de sensibilização de cálcio que aumenta a contratilidade ventricular e reduz a pré-carga e pós-carga em pacientes com insuficiência cardíaca avançada. Adicionalmente aos seus efeitos inotrópicos e vasodilatadores, o Pimobendan possui ainda efeitos sobre a função diastólica e neuro-hormonais benéficos, reduzindo os níveis plasmáticos de noradrenalina e de citocinas inflamatórias. Pimobendan está aprovado para utilização em cães para tratar a insuficiência cardíaca congestiva, provenientes de insuficiência valvular ou cardiomiopatia dilatada em alguns países na Europa e no Canadá, México e Austrália. A American College of Veterinary Internal Medicine (ACVIN), órgão que representa a especialidade de cardiologia nos EUA publicou as recomendações da maioria dos cardiologistas para o tratamento de doença valvular em cães, sendo consenso seu uso em ICC aguda e crônica.

Farmacocinética

Depois da administração oral de Pimobendan isoladamente, a biodisponibilidade absoluta da substância ativa é 60-63%. O volume de distribuição no estado estacionário é 2,6 l/kg após administração intravenosa de Pimobendan isoladamente, indicando que o Pimobendan é distribuído rapidamente pelos tecidos. Os efeitos cardiovasculares ocorrem após 1 hora e persistem por 8-12 horas após a administração. A ligação às proteínas plasmáticas média in vitro é 93%. O Pimobendan é desmetilado oxidativamente no seu maior metabólito, O-desmetil Pimobendan. As demais vias metabólicas são a fase II, ácido glucurônico e sulfatos. A semivida de eliminação plasmática do Pimobendan doseado com o medicamento veterinário é 0,5h, consistente com uma rápida eliminação do composto. O principal metabólito ativo do Pimobendan é eliminado com uma semivida de 2,6h. O Pimobendan é excretado principalmente nas fezes e numa menor extensão na urina.

Doses

Cães: 0,1-0,6 mg/kg, a cada 12h, V.O.

Orientações para os proprietários: a absorção do medicamento é modificada quando o mesmo é administrado com o alimento. Para uma maior eficácia, recomenda-se administrar o medicamento de estômago vazio ou uma hora antes da refeição.

NOTA: O tratamento com Pimobendan é considerado benéfico para cães com cardiomiopatia dilatada ou insuficiência mitral crônica, sendo administrada em associação à terapêutica cardíaca usual, com inibidores da ECA, furosemida e/ou digoxina. Não se recomenda seu uso como monoterapia em animais com insuficiência de mitral compensada ou sem insuficiência miocárdia.

Gatos: 0,1-0,3 mg/kg, a cada 12h, V.O.

Quando administrado na dose de 1,25 mg/gato a cada 12 horas é bem tolerado.

Efeitos Adversos

Podem ocorrer casos raros de efeitos moderados cronotrópicos positivos e vômitos. No entanto, estes efeitos são dose-dependente e podem ser evitados reduzindo a dose nestes casos. Em casos raros, foram observadas diarreia transitória, anorexia ou letargia. Arritmias ventriculares podem aparecer ou piorar com a administração do Pimobendan. Essas arritmias são de maior preocupação em cães das raças Dobermann e Boxer, mas podem ocorrer em qualquer cão com cardiomiopatia dilatada.

Contraindicações

Como o Pimobendan é metabolizado no fígado, o medicamento não deve ser administrado a cães com insuficiência hepática grave. Em animais diabéticos, os níveis de glicose sanguínea devem ser rigorosamente monitorados. Não administrar em casos de cardiomiopatias hipertróficas ou condições clínicas em que o aumento do output cardíaco não é possível por razões funcionais ou anatômicas (ex. estenose aórtica ou pulmonar). Não administrar durante a gestação ou lactação. Estudos efetuados em ratos e coelhos revelaram efeitos fetotóxicos a doses maternotóxicas. Estudos em ratos demonstraram que o Pimobendan é excretado no leite.

Interações

A contratilidade cardíaca induzida pelo Pimobendan é atenuada na presença do antagonista do cálcio verapamil e o β-agonista, propanolol. Use com cautela com outros inibidores da fosfodiesterase como a teofilina, a pentoxifilina e o sildenafil e fármacos relacionados. O Pimobendan é potencialmente arritmogênico, mas seu efeito é raro e visto principalmente em animais com cardiopatia subjacente grave. Em doses de 0,25-0,5 mg/kg, em cães, não ativa o sistema-renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), o uso concomitante com a furosemida pode ativar este sistema.

 

 

BENAZEPRIL

Utilizado para tratar hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva em cães e insuficiência renal crônica em gatos.

Mecanismo de Ação

Inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA). Inibe a conversão da angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II é um potente vasoconstritor e também estimulante da via simpática, da hipertensão renal e da síntese de aldosterona. A inibição da aldosterona reduz a retenção de água e sódio. O Benazepril semelhante a outros inibidores da ECA produz vasodilatação e reduz a congestão induzida por aldosterona. Os inibidores da ECA também contribuem para a vasodilatação pelo incremento das concentrações de algumas prostaglandinas e cininas vasodilatadoras. Ao contrário do Enalapril, o Benazepril tem duplo modo de eliminação, através dos rins e do fígado, sendo conveniente nos pacientes com problemas renais.

Farmacocinética

Após a administração oral, o Benazepril é rapidamente absorvido a partir do trato intestinal e hidrolisado na sua forma Benazeprilato, um metabólito altamente específico e potente inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA). Nos cães, as concentrações máximas de Benazeprilato (Cmax de 37,6ng/ml após uma dose de 0,5mg/kg de cloridrato de Benazepril) são atingidas com um Tmax de 1,25 horas. Nos gatos, as concentrações máximas de Benazeprilato (Cmax de 77,0ng/ml após uma dose de 0,5mg/kg de cloridrato de Benazepril) são atingidas com um Tmax de 2 horas. Liga-se em até 95% às proteínas plasmáticas, sendo eliminado por via renal (46% para cães e 15% para gatos) e biliar (54% para cães e 85% para gatos), o que faz com que seja mais indicado nos pacientes com problemas renais associados à cardiopatia, em relação ao maleato de Enalapril.

Doses

Cães: 0,25-0,5 mg/kg, a cada 12 - 24h, V.O.

Gatos: 0,25-0,5 mg/kg, a cada 24h, V.O.

Efeitos Adversos

O Benazepril é bem tolerado em cães e gatos com insuficiência renal crônica, contudo, pode causar Azotemia em alguns pacientes. Monitore cuidadosamente os parâmetros renais após o início do tratamento, em particular, nos pacientes que receberam altas doses de diuréticos.

Contraindicações

Deve ser descontinuado em fêmeas prenhes, pois atravessa a placenta e pode causar malformações e morte fetal.

Interações

Usar com cuidado em associação com outros medicamentos diuréticos e hipotensivos. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem aumentar o risco de nefrotoxicidade e reduzir os efeitos vasodilatadores.