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Postado 26/08/2016 às 09:21:09 por Farmacêutico | http://saberviver.org.br/publicacoes/o-adocante-nosso-de-cada-dia/
O adoçante nosso de cada dia

Os adoçantes já assumiram um lugar de destaque nas refeições de todo o mundo. Na busca pela forma física ideal, várias pessoas utilizam esses produtos, chamados de edulcorantes, que são responsáveis pelo sabor doce com as calorias reduzidas. “As pessoas soropositivas que fazem o tratamento com os anti-retrovirais tendem a ter taxas altas de triglicerídeos. Por isso, precisam controlar o consumo de açúcar, assim como os diabéticos e obesos. Nesses casos, o uso dos adoçantes é recomendável, mas sem exageros. “O ideal é não utilizar mais de dois saquinhos de adoçantes nem jorrar gotas no suco ou no café.

A população, de uma maneira geral, está utilizando esses adoçantes químicos indiscriminadamente. Eles devem ser consumidos apenas em casos especiais”, alerta Marlete Pereira, nutricionista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCCF/UFRJ). Segundo ela, alguns edulcorantes podem causar câncer e mal de Alzaimer em quantidades altas. “É muito difícil controlar a quantidade diária desses produtos porque as pessoas não os consomem apenas no cafezinho ou suco. Eles estão também nos sorvetes, nos doces e nos refrigerantes diet ou light. O ideal é optar pelo stévia puro, único adoçante que, por ser natural, não tem contra-indicação”, explica a nutricionista.

Tipos de adoçantes

Calóricos:

Frutose – Pode ser utilizada por diabéticos porque não interfere na produção de insulina, mas deve ser evitado por quem quer perder peso ou tem os triglicerídeos altos.

Sorbitol, Manitol e Xylitol – São utilizados pela indústria para a produção de produtos dietéticos porque contêm uma quantidade reduzida de calorias. Podem ser usados por diabéticos. O uso deve ser inferior a 30 gr, porque são laxantes.

Não calóricos

Sacarina – O mais antigo e barato dos edulcorantes tem um gosto amargo. Pode ser utilizado em cozimentos. (Quantidade máxima por dia: crianças, de 25 a 30 colheres de chá por dia; adultos, de 50 a 75 colheres de chá por dia).

Ciclamato – É um adoçante à base de sódio. Logo, deve ser evitado por pessoas que têm hipertensão arterial. (Quantidade máxima por dia: 40mg por quilo de peso corporal).

Aspartame – O mais comum. É produzido através de dois aminoácidos encontrados nos alimentos: metiléster-fenilalanina e ácido I-aspártico. Ele não deve ir ao fogo, porque em altas temperaturas perde o sabor e acarreta uma reação química no alimento. A vigilância sanitária dos Estados Unidos (FDA) diminuiu a quantidade de uso diário do aspartame de 100 mg para 50 mg por peso corporal por dia: “Esta quantidade ainda é muito grande para ingestão diária. É bom não exagerar”, recomenda Marlete Pereira. A nutricionista conta que recentemente o uso do aspartame esteve associado a casos de mal de Alzheimer e Lupus, além de ter efeito cancerígeno. Pesquisas ainda estão em andamento para comprovar essas suspeitas. A única contra-indicação comprovada é para os portadores de fenilcetonúria, uma doença rara que é diagnosticada no nascimento através do teste do pezinho, que impede a metabolização da fenilalanina, aminoácido presente em carnes, leite, pão e outros alimentos. Isso pode causar risco de dano cerebral, o que torna este produto contra-indicado para grávidas. (Quantidade máxima por dia: 50 mg por quilo de peso corporal).

Acesulfame K – Recém-lançado no Brasil, é um sal de potássio sintético. Deve ser evita-do por pessoas com problema renal. (Quantidade máxima por dia: uma pessoa com 70 kg, 70 colheres de chá).

Stévia Pura – Extraída da stévia, planta comum na fronteira do Brasil com Paraguai, é o único adoçante vegetal produzido em escala industrial.